No post do dia 3, eu esbarrei sem querer no tópico de mindfulness, quando conversamos sobre manter a vigilância sobre nossos pensamentos. Uma técnica importante para colocar a nossa mente em perspectiva, e visualizar abundância em vez de escassez, é demonstrar gratidão por tudo que temos, dos sucessos às derrotas; das medalhas aos problemas. Sendo assim, qual a música?
Sou grato pelas rugas que ontem percebi nos olhos quando sorri diante do espelho.
Sou grato pela mãe que trouxe tudo o que eu e meu irmão necessitamos para ser quem somos hoje.
Sou grato pela memória do meu pai, que hoje me acompanha aonde quer que vá como um farol.
Sou grato pelo meu primeiro casamento, do qual as sementes plantadas colho os frutos hoje.
Sou grato pelos amigos pelos sorrisos e braço forte, e pelos inimigos pela sinceridade.
Sou grato pelos calos nos pés e dores nas costas, que me ensinaram a pisar no chão e andar com o peito aberto.
Sou grato à raiva pela serenidade e às decepções pela sobriedade.
Sou grato à ignorância e intolerância pelas palavras de conforto e esperança.
Sou grato pelo medo e pela escuridão, sem os quais a coragem e a luz não teriam tela sobre a qual colorir sua arte.
Sou grato ao sono pela comunhão, e aos sonhos pelo despertar.
Sou grato ao passado pela oportunidade, e ao futuro pela paciência e fé.
Sou grato à estrada pelo destino, e ao destino pela jornada.
Sou grato à serpente pelo veneno, e ao veneno pelo suspiro.
Sou grato ao ar por encher o vazio, e ao silêncio pelo sussurro inconfundível.
Sou imensamente grato pelos 10 dedos das mãos para digitar e pela voz para bradar: OBRIGADO.